Sexo virtual

Eu sei que vocês andam chateados, revoltados comigo, a chamar-me tarada, só fala de sexo e mais sexo….

Lamento, mas o meu médico disse que faz bem à gripe e, enquanto estiver assim, vou seguir o conselho dele…

Atchimmmm

A mulher falava propositadamente devagar, para fazer render a conversa a 1 euro o minuto:
– Oi, gato, como é que você é?
– Não interessa como é que eu sou. Estou a pagar ao minuto. Quero saber como é que tu és.
– Sou loira, tenho 22 anos, 1,75 metro, peitos grandes e empinados, marca de biquíni....
– Tá. Já sei, adiante…
– Você está tirando a parte de cima do meu biquíni. Nós estamos numa praia deserta.
– Detesto praia.
– O quê?
– Não suporto areia, sol. Muda a história para outro cenário.
– Ok, você está tirando a parte de cima do meu biquíni. Nós estamos numa estrebaria.
– Pára! Que é isso? Estás maluca? Numa estrebaria, cheia de cocó de cavalo? Que coisa mais nojenta!
Faz-se silêncio do outro lado da linha.
– Estás aí?
– Estou, gato.
– Era só o que me faltava, pagar para a gaja ficar calada
– Escolhe o cenário você. De que tipo de lugar você gosta?
– Ouve lá, estou a pagar para imaginarem por mim.
– Deixa ver... Na sua casa... Na cozinha...
– Pode ser.
– Óptimo. Você está tirando a parte de cima do meu biquíni. Estamos na cozinha da sua casa. Você apanha um pote de mel e fica passando o mel nos meus peitos.
– Fiquei enjoado.
– O quê?
– É, não gosto de mel, fico enjoado.
– Então você passa outra coisa. Manteiga. Você passa manteiga nos meus peitos.
– Ouve, esquece a comida, acabei de jantar.
– Ok eu lambo sua orelha.
– Não pode ser.
– Como é que é?
– Magoei-me na orelha ontem e tem um adesivo, a outra tem um piercing recente.
A mulher suspira.
– Estou à espera, se ficares aí calada, quero o meu dinheiro de volta!
– Você não quer tentar outra operadora?
– Como?
– Acho que a coisa entre mim e você não está dando muito certo. Não é melhor tentar conversar com outra mulher?
– Já perdi muito tempo contigo. Agora vamos até o fim. Desenvolve, estou à espera...
A mulher não se consegue controlar:
– Para mim chega! Não aguento mais! Você é nojento! Eu te odeio, seu desgraçado! Porco! Mal-educado! Tarado!
– Agora, sim, estou a gostar. Continua….