Aqueles olhos parados e confusos bateram-me forte.
Aquela que foi a “matriarca”, ali, deitada, sem pinga do ser que foi outrora, assusta mais do que quando nos lançava aquele olhar de “estás a pisar o risco”.
Quando a vida se esvai revivemos tudo em segundos e só queremos que quem vai partir se sinta aconchegado e não sinta que a viagem está próxima, próxima demais.
Mas aqueles olhos sabem, dá para ver.
Complicados os últimos dias por aqui…os próximos pinto-os ainda mais negros, mas tranquila e a viver um de cada vez.
Tinha um pequeno montinho de coisas para vos contar, mas parei naquele olhar outrora castanho, agora azulado e por aqui fico até as pálpebras cerrarem.

Mania que a vida tem de nos roubar quem amamos.